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Aluna da USP em Ribeirão Preto aprovada por sistema de cotas denuncia colega de sala por racismo

Estudante acusa colega de perseguição na USP em Ribeirão Preto, SP A estudante Priscila Motta da Rocha Antônio, de 21 anos, denunciou nesta semana que foi v...

Aluna da USP em Ribeirão Preto aprovada por sistema de cotas denuncia colega de sala por racismo
Aluna da USP em Ribeirão Preto aprovada por sistema de cotas denuncia colega de sala por racismo (Foto: Reprodução)

Estudante acusa colega de perseguição na USP em Ribeirão Preto, SP A estudante Priscila Motta da Rocha Antônio, de 21 anos, denunciou nesta semana que foi vítima de racismo por parte de uma colega de sala. Ela cursa o primeiro ano de nutrição na Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto (SP), e afirma que os ataques começaram como piadas um mês depois do início das aulas, em abril deste ano, quando a agressora descobriu que Priscila entrou na faculdade por meio de cota. Na primeira vez que foi alvo da colega, Priscila conta que as duas conversavam com uma terceira pessoa sobre um curso que ela gostaria de ter entrado. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp "Eu queria outro curso dentro da faculdade, mas entrei em nutrição. E era um curso tecnicamente mais fácil que nutrição. E aí uma menina e perguntou 'você conseguiu passar em nutrição, mas não conseguiu passar nesse curso?' E essa pessoa me cortou e falou 'amiga, é porque ela é cota'. E falou de uma forma pra desmerecer". Priscila Motta da Rocha Antônio, estudante de nutrição da USP Ribeirão Preto, SP Jefferson Neves/EPTV Depois disso, segundo Priscila, os episódios se tornaram mais frequentes e ela diz que passou a sentir que era diminuída toda vez que tentava conversar com a colega. "Teve um episódio que a gente foi estudar na biblioteca, ela me acertou no braço com uma chave e tinha machucado muito. Eu reclamei, tive que insistir muito para ela pedir desculpa, ela pediu desculpa de uma forma super debochada. Teve um caso que ela falou que eu ia casar com um artista famoso preto, porque ele também era cotista". LEIA TAMBÉM Mulher denuncia que filha de 3 anos é vítima de racismo em creche em Ribeirão Preto MP investiga se caso de racismo denunciado por mãe de criança é isolado ou frequente À EPTV, afiliada da TV Globo, Priscila afirma que denunciou o caso à Comissão de Direitos Humanos da USP, mas ofereceram apenas uma mediação de conflito que só aconteceria caso a agressora aceitasse participar. "Achei muito absurda [a medida], porque não foi um caso de pedir desculpas e também só seria feito se ela aceitasse. Me senti muito desamparada". Na segunda-feira (8), a cientista social Jéssica Machado, de Ribeirão Preto, publicou o relato de Priscila nas redes sociais e, a partir daí, o caso ganhou repercussão. Post de aluna vítima de racismo na USP em Ribeirão Preto, SP, viraliza Redes sociais Priscila diz que também procurou a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) da universidade, que abriu um processo administrativo só depois que o post viralizou. "Demorei um pouco pra enviar a denúncia para a Prip e, quando enviei, abriu processo administrativo. A Prip demorou duas semanas e meia para retornar e só me retornou por conta da publicação". Na quinta-feira (11), a USP marcou uma reunião com a estudante para discutir o caso, que acontece há, pelo menos, sete meses. Em nota encaminhada à EPTV, a USP informou que, com base no relato formalizado, o caso foi encaminhado à Comissão de Direitos Humanos e à Comissão de Inclusão e Pertencimento, instâncias responsáveis por conduzir a apuração, que segue em andamento. "Eventuais responsáveis serão submetidos às medidas administrativas e legais cabíveis, conforme a legislação vigente e as normas da Universidade de São Paulo". Aluna deixou de frequentar universidade após episódios Priscila deixou de frequentar a universidade no período e afirma que teve depressão. "Eu acho que não deveria ter tido essa demora, até porque quem estava agonizando era eu. Acho que deveria ter sido uma situação que eles deveriam estar melhores e mais preparados. Eu queria o justo, porque perdi um semestre inteiro e foi muito doloroso. Eu ficava trancada em casa, não fazia nada. Só quero que a justiça seja feita. Atualmente, estou tomando sete comprimidos antidepressivos. Meu psicológico foi muito afetado com isso tudo". A jovem conta com a família e amigos, mas desde que o post viralizou nas redes sociais, passou a receber apoio de desconhecidos. Ela pretende retomar os estudos em 2026. "Quero muito voltar. Estou com muito medo de tudo, mas muito feliz com o apoio e o carinho que estou recebendo nas redes sociais". A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, que coordena o curso de nutrição, disse que Priscila foi acolhida com a oferta de acompanhamento psicológico, psicopedagógico e de tutoria acadêmica para reintegração às atividades. "A FMRP reitera que não tolera práticas de racismo, discriminação ou violência em qualquer de suas formas e reafirma o compromisso institucional com a promoção dos direitos humanos, da equidade e de um ambiente universitário seguro e acolhedor para todas as pessoas". Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

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